CRP11

No Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil o Conselho Regional de Psicologia reforça a importância de manter as crianças em ambientes seguros e saudáveis para seu desenvolvimento integral

O Dia 12 de junho foi instituído como Dia Mundial do Combate ao Trabalho Infantil, que tem por intuito conscientizar a sociedade sobre os impactos negativos do trabalho precoce na vida das crianças. Esse tema levanta diversas preocupações e exige uma abordagem sensível e abrangente. A psicologia reconhece que o trabalho infantil compromete o desenvolvimento saudável e integral das crianças e adolescentes. O trabalho infantil está relacionado às piores formas de trabalho, pois são atividades que envolvem exposição a situações insalubres e perigosas. Além disso, a exposição a condições de trabalho perigosas e abusivas pode resultar em danos físicos e emocionais duradouros.

O trabalho precoce impede que elas vivam a infância de forma adequada, limitando seu acesso à educação, lazer e socialização. De acordo com a coordenadora da Comissão de Direitos Humanos do CRP11, Ana Kristia Martins (CRP 11/06305) as crianças envolvidas no trabalho precoce muitas vezes enfrentam altos níveis de estresse, ansiedade e exaustão física e mental. “Elas são privadas do tempo livre necessário para explorar, brincar e se envolver em atividades próprias de sua idade. Isso interfere na formação de identidade, autoestima, habilidades sociais e emocionais, prejudicando seu desenvolvimento”, relata a psicóloga. O trabalho infantil, ainda, pode perpetuar um ciclo intergeracional de pobreza e desigualdade. Crianças e adolescentes que são obrigados a trabalhar têm menos chances de receber educação adequada e adquirir habilidades necessárias para romper o ciclo da pobreza no futuro. Isso reforça a importância de políticas públicas efetivas, programas de apoio familiar e medidas de proteção à infância para combater o trabalho infantil.

Neste sentido o CRP11 vem contribuir com esta nobre causa, sensibilizando a sociedade e mobilizando junto à categoria de psicólogas em todo nosso estado do Ceará, despertando a grande massa de sujeitos que ainda persiste em não entender os perigos envolvidos a exposição precoce ao mundo do trabalho especificamente nessa faixa etária de vida do público em questão, devemos agir de forma a prevenir e erradicar esse tipo de prática. Uma gama de psicólogas atualmente contribui em nosso estado do Ceará, atuando frente a política pública do SUAS, junto aos benefícios, programas, serviços e projetos que compõem a rede de proteção da criança e do adolescente, dentro da política de assistência social nos municípios cearenses, visando superar as condições de vulnerabilidade e a prevenção das situações que indicam risco individual, pessoal e comunitário em potencial desses sujeitos.

No tocante ao combate do trabalho infantil, as psicólogas sociais que atuam nos munícios cearenses, a partirdas Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (AEPETI), ofertado dentro da gestão de Assistência Social de cada município, desenvolve atividades recreativas/socioeducativas ofertadas no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), onde as crianças e adolescentes são acompanhadas pelos técnicos sociais (psicólogas e assistente sociais) e educadores sociais (nível médio) nos CRAS e encaminhadas ao CREAS, para acompanhamento da família, que analisa a situação socioeconômica das mesmas e as condições que levaram a esta violação de direitos.

Geralmente a rede de proteção toma conhecimento dessa violação por meio do Serviço Especializado em de Abordagem Social – SEAS, Conselho Tutelar, Escolas (evasão) e denúncias. É fundamental que todos participem dessa causa, denunciando casos de trabalho infantil às autoridades competentes, disque 100 (direitos humanos) é gratuito e de forma anônima, agindo assim você contribui e apoia os programas de assistência e reinserção social, promovendo a conscientização, e cobrando políticas públicas efetivas para combater essa prática.

O Dia Nacional do Combate ao Trabalho Infantil é uma oportunidade para refletir sobre a importância de garantir o pleno desenvolvimento de todas as crianças e adolescentes, protegendo-os de qualquer forma de exploração e assegurando-lhes um futuro digno e promissor.